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em inconstante definição.

sexta-feira, novembro 30, 2007

Coldplay...Vídeos velhos vol. 1



In My Place

In my place, in my place
Were lines that I couldn't change
I was lost, oh yeah
I was lost, I was lost
Crossed lines I shouldn't have crossed
I was lost, oh yeah

Yeah, how long must you wait for it?
Yeah, how long must you pay for it?
Yeah, how long must you wait for it?
For it

I was scared, I was scared
Tired and under prepared
But I waited for it
If you go, if you go
Then Leave me down here on my own
Then I'll wait for you, yeah

Yeah, how long must you wait for it?
Yeah, how long must you pay for it?
Yeah, how long must you wait for it?
For it, yeah

Sing it please, please, please
Come back and sing to me
To me, me
Come on and sing it out, now, now
Come on and sing it out, to me, me
Come back and sing.

In my place, in my place
Were lines that I couldn't change
I was lost, oh yeah
Oh Yeah

quarta-feira, novembro 28, 2007

Plim-plim!

Não sei como executar meu projeto de doutorado.

Esse estágio tem mostrado muitas coisas, inúmeras possibilidades de trabalhos e projetos e que, assim como a Pilar-bobinha do livro de um falso mago, eu devia sentar às margens de algum rio aqui do Ceará e chorar ao escrever esse post.

Não sei bem ao certo, mas acho que devo alegrar-me, afinal ainda restam 2 anos e meio de doutorado e se hoje eu tenho a lúgubre certeza de estou lascadinha da silva e muitos dos meus domingos serão passados à luz fluorescente do laboratório e noites nada dormidas acenam saudosas é sinal que alguma força superior zela por mim ou tenho uma baita sorte...

Ou nada disso, é o acaso - como diria Voldemort no sétimo livro, eu um momento de reflexão pública versando sobre por-que-não-matei-esse-cara-antes que sempre fazem os vilões no fim das sagas, prontos a ouvir a réplica do mocinho(a) em vou-mostrar-por-que-você-não-me-pegou-antes.

Poderia descobrir minha má sorte daqui mais tempo e mais tempo=mais lascada10. É, ainda bem que foi agora... Meu cabelo vem tentando abandonar sua costumeira moradia, pareço estar usando uma maquiagem estranha – e negra – ao redor dos olhos e engordei 3 quilos de pura ansiedade e docinhos da cantina.

Analista?Outro projeto?Suicídio?

Confesso, pensei em várias possibilidades. E, claro, não cheguei a conclusão alguma, lugar nenhum que não sonhos por uma pesquisa melhor... Com resultados.

Mas enquanto isso não acontece, esses sonhos acalentados tão inutilmente vão calando frente à vida em família que estou prestes a abraçar. Coisas simples como pessoas juntas às refeições, tarefas domésticas repartidas e novelas. Depois de anos sem ver TV regularmente, cá estou meio viciada em ver as peripécias de Marconi Ferraço e Juvenal Antena. É o princípio das dores, o Armagedon, as vésperas do Ragnarok, ou seja, qualquer coisa que signifique, para você, a destruição total do mundo como o conhecemos... Sem sobrar nem as baratas! Novela! Pois é... Eu me desconheço, juro! Estou assistindo o Jornal Nacional e vendo novela das oito.

Seria abdução?

Estaria a Globo sob o controle de aliens sedentos por audiência?

sexta-feira, novembro 23, 2007

Béébá

Na casa onde estou hospedada mora o Fábio. Ele tem 3 anos, é muito lindo, pergunta tanto que me deixa tonta e é a convivência mais próxima de uma criança depois que sou adulta. (estranho essa de "depois que sou adulta"-mas vá lá...tenho que admitir isso um dia). Ele é diferente do Guilherme - meu irmão...eu lembro dele da idade do Fábio...Sério demais, parecia um adulto em miniatura- em alguns pontos, como o fato de ser tagarela demais e adorar mesmo carinhos. Lembro que o Gui gostava de soldados e brincar com vários deles no chão, tanques, trincheiras e guerras imaginárias. Com o Fábio, são os carros...Ele ganha um carro novo, brinca, brinca, mas não esquece os velhos: de vez em quando faz uma repescagem.
Fábio e eu temos uma convivência amigável, escovamos os dentes juntos todas as noites, conto historinhas antes de dormir e ele fala de mim- e dos carros -nas orações ao Papai do céu e para a tia da escola.Claro que, como toda criança vista por adultos que não são pais, Fábio tem coisas estranhas. Acho que deve ser falta de costume no trato com guris, mas que são estranhas são. Tipo a Béébá.
A Béébá é a amiguinha do Fábio que mora no ventilador. A princípio, claro, não fiquei nem um pouco confortável com essa história. Destesto essa de amigos imaginários, apesar de, na idade dele, eu já ter tido minha própria cota dessas coisas.Ele conversa horas com a Béébá conta coisas da escola, fica quietinho como se escutasse as respostas a tudo aquilo que pergunta, deitadinho no cama, em frente ao ventilador ligado. Quando eu chego ele pára, quando é a mãe ele, continua. Outro dia, ele não percebeu que eu estava lá e entrou falando alto "Béébá, o que ..." parou assim que me viu. E fingiu que não era nada. Uma vez, chegou até a nos confundir, falou comigo chamado de Béébá, e depois disse: "oou, Andressa...".
:D

segunda-feira, novembro 19, 2007



Ainda em Fortaleza, brincando de cientista...
Incrível como alguns dias fora da rotina nos fazem enxergar de maneira nova os quilos de coisas que o cotidiano desfoca, ofusca e esconde.
Nosso triste mundo de decisões difíceis... Lembro da Aline dizendo que preferia não pensar a respeito de certas coisas ou então fazia besteira.



aqui, entende-se como besteira racionalizar relacionamentos...

segunda-feira, novembro 05, 2007

Hadrian's Wall


Eu estava falando da Muralha de Adriano quando peguei a foto do post passado e só depois me dei conta onde a triste árvore.

É um dos lugares que gostaria de visitar.Pedras caducando histórias no tempo.

(dinheiro e tempo de sobra, só isso, nem quero mais nada...Estaria a megasena acumulada???)






domingo, outubro 28, 2007


Triste, triste.
Triste por ser egoísta.
Envolvida demais com o doutorado, laboratório, problemas (do laboratório), com o que eu devia estar fazendo e não faço ou não deu certo ainda - no laboratório... Tudo assim, centrado nesse eixo pseudocientífico, pois mesmo que a minha volta o mundo ande e outras pesquisas deslanchem e eu esteja envolvida nelas em certo grau, ainda não me considero fazendo ciência.

Enquanto isso meu pai está doente e eu não estou perto - e, só de pensar nisso, tudo se desgasta, desmonta.

Jonathan está ansioso pela reforma da casa, cheio de planos que nem tenho tempo de escutar, tão alheia estou a tudo.

Pessoas que adoro estão em outros rumos, com perdas, amores, tantas coisas boas surgindo, pessoas que não terei para sempre perto e eu distante.
...
Nem queria pesar tudo isso. Já nem é o mundo que penso suportar nos ombros...

quarta-feira, setembro 12, 2007


Nimphadora, com as patinhas inquietas, puxa minha roupa...
A um canto, Hermione boceja.
Oh, Ni! Pára! Pára um pouco... Tenta ficar quieta, gatinha!Eu quero escrever... Mas o quê?
Hoje essa alegria me incomoda e meu cotidiano tem tristezas que tua saltitante vida jamais entenderá.
E saias deste vaso, não adianta oferecer-me margaridas... Só a ti elas alegram o paladar e minha garganta aperta tanto que nem uma lágrima desceria (aperta como se de mãos invisíveis- trêmulas, mas firmes- se fizesse no ar ao meu redor...).



segunda-feira, setembro 10, 2007

"I didn't want to know ...I just didn't want to know ...Best to keep things in the shallow end"

Blue The Perfect Circle

Total atonia isso, mas, em mim, o conhecimento mais assusta que seduz. E nem me refiro aos contentes que podem deitar e dormir [sem pensar no sentido das coisas, no não-sentido dessa coisa pré-estabelecida por algum tolo e convenientemente "batizada" de vida normal e respeitável que "todos" almejam ter...]. O dia a dia mesmo. Saber quem realmente são as pessoas próximas, tudo aquilo que preferimos nem admitir, nem sonhando. São bem melhores os momentos de não-certeza, só não melhores do que os de não-conhecimento.

Há tanta coisa dentre as que eu busquei, mas hoje preferia não saber, não ter prestado atenção, analisado. Preferia ter esquecido depois ao invés de descobrir serem certas minhas suposições. Não sou mais inteligente que a maioria da população. Não mesmo. Mas certos detalhes atraem e lá estou eu observando (eu costumo olhar o coelhinho correndo do lado da estrada e bater o carro numa scania, essa é a verdade).

Nem saberia escrever aqui tudo que –quase- aconteceu e que eu preferia não ter observado [ou não].



ah, deixe-me bocejar ao olhar a vida alheia...

quinta-feira, agosto 23, 2007

CAPS LOCK ou "o que os olhos não vêem não embrulha o estômago"


Julho foi muito bom.

Clichês à parte, agosto está sendo o mês do desgosto.

E, automobilísticamente falando, mais ainda... Não bastando o "episódio do banco" dias depois "encostei" num gol. "Encostei"- apenas. O cara parou, eu fui lá,com a minha melhor cara de boazinha, mas ele disse " não vamos nos irritar por isso, amor" (hã??). Ele estava queloniando pela rua, ora! Certo, eu passo rente às coisas, carros ou pessoas e meu pé costuma pesar, mas precisava andar tão devagar?

E foram esses malditos 5 minutos perdidos que estragaram minha tarde.





segunda-feira, agosto 20, 2007

terça-feira, agosto 07, 2007


Juro que pensei em um post engraçadinho... Isso aqui tem sido jogado às traças e baratas - talvez outros bichos piores- e tenho andando impaciente.

Novidade, né? Logo eu, a menina com nuvens cinza sobrevoando a cabeça...

Quem convive comigo sabe o quanto sou impaciente e estressada e podre e nojenta que cobra demais dos outros e de si. Uma chata que perde o controle quando algo não sai como planejado... Sinceramente, não sei a razão de ser assim, nada disso é nada agradável e nem foi decisão pensanda. E tudo isso está consumindo-me.

Cavo minha sepultura.

E nem só por isso.



terça-feira, julho 10, 2007

Algum tempo depois....


Queridos leitores- se ainda existe algum depois do post anterior- eu não morri. Posso ter passado às portas da morte, mas não foi dessa vez. Hi! I'm here. Tampouco fiz coisas absurdamente absurdas por esses dias ou comecei aquela abstinência da vida em busca de purificação que me prometo há séculos. Nem nada. Tudo continua no mesmo período de estase -ok, ok, posso até estar exargerando, mas o certo é que tudo me sobra: ainda tenho trabalhos acadêmicos demais, e-mails não-respondidos demais, sono demais, coisas pessoais atrasadas demais, papéis demais pela casa, blogs demais desatualizados demais, a Hermione suja demais, compromissos cedo demais, bebendo café demais, quilos a mais, esperando tempo demais o meu celular chegar [maldita Lojas Americanas]. Ah.. ia esquecendo... reflexões sobre a vida demais. Tudo muito engraçadinho.

#Se peneirarmos bem, não há muita coisa a reclamar. Outro ângulo, " outra leitura" e, claramente, poderia ser bem pior. Tudo pode ser apenas uma piada sem-graça ou de humor negro. Daí posso chorar ou rir da cara do mané que quis ser engraçadinho. Claro que nada disso é inteiramente ruim. Até por que nada é inteiramente ruim. Pausa pra um momento loser: Droga! Deveria ter ido ao teatro. Hoje não estou legal. Lamentando a solidão. Aluguei um DVD no início da noite [comédia romântica, acredita?], não queria incomodar ninguém e queria e não queria companhia. Insônia . . .

$Nos caminhos, muita coisa passa e nos lamentamos por isso. Só que o melhor era que realmente tivesse passado. Nada de correr atrás do vento e nem olhar para que direção ele foi.

@Hahahah esperou um texto inteligente? [Eu não tenho nada prá dizer /Também não tenho mais o que fazer /e só pra garantir este refrão ...hahaha é melhor parar por aqui...]




"Não estou mais interessado no que sinto/Não acredito em nada além do que duvido/Você espera respostas que eu não tenho/Mas não vou brigar por causa disso"

domingo, julho 01, 2007

Pequeno Mundo Blogueiro...


Lembre-se do blog "inteligentedemais" que vc visitou semana passada, cheio de opniões inusitadas, esses talentos não-reconhecidos perdidos pela net, poetas incompreendidos a publicar virtualmente suas obras, perfis criativos no orkut... Não é que se achar inteligente e talentoso seja crime, mas sempre haverá o bom-senso para ser consultado... Aceito tomates!

sexta-feira, junho 22, 2007



"A vida é o dever, que nos trouxemos para fazer em casa.
Quando se , já são seis horas!Quando se vê, já é sexta-feira.... Quando se , já é Natal..... Quando se , já terminou o ano..... Quando se ve, perdemos o amor da nossa vida.... Quando se , passaram-se 50 anos! Agora é tarde demais para ser reprovado..... Se me fosse dado, um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio..... Seguiria sempre em frente e iria jogando, pelo caminho, a casca dourada e inútil das horas..... Seguraria o amor, que está muito a minha frente, e diria que eu amo...... Dessa forma, eu digo:não deixe de fazer algo de que gosta devido a falta de tempo. Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz. A única falta que terá, será a desse tempo que infelizmente.... Nunca mais voltará."


texto atribuído à Mário Quintana. Muito bom para essa manhã preguiçosa após uma noite de importantes resoluções...

terça-feira, junho 19, 2007

Você vai morrer de algo que você gosta...




essa tem dedicatória... Malvaline, Jairo, Dany Lilas, Titi e Davi (acaba, arraial!!!), Danika, Pimpão e Suka (velhos bêbados), Andrea (nova bebum) e o bom Marcito (não bebe...)

sábado, junho 09, 2007

Last Blues


Não espalho,

mas ando triste pra caralho.


Mário Bortolotto


De um livro tosco, de histórias toscas, para quem não está bem.

quarta-feira, maio 30, 2007

Tutóia IV


Lembro da Annie, sábado passado, dizendo que adoraria morar num lugar igual ao Asteróide B-612 para apenas mudar a cadeira de lugar e olhar o pôr-do-sol de novo. Amo você, maninha!

Tutóia III


Praia da Barra. Os coqueiros ao longe ficam na Ponta da Andreza.

Tutóia II


Irmãozinho daquele outro. Talvez a mesma idade. Bem mais à mostra esse fica na ilha pertencente ao Cacau (boa pousada, bons passeios, informaçõe e conversa com quem conhece a região. Minha dica pra quem quer conhecer Tutóia.)

Tutóia

Em meio a pequenas ilhas cobertas de manguezais, repousa há -dizem-mais de 60 anos o que sobrou dessa belezinha... Quem me dera olhá-la e saber o que aconteceu.

segunda-feira, maio 21, 2007

"Nós, nós, a sós
Desejos e pés
Corpos e respiração
Bocas, dois e depois
Só o silêncio
O silêncio do olhar
O olhar em chamas
Corpos queimando
De prazer, em ser, em ter
Um ao outro..."

(S..)

olhai as aves dos céus...

sábado, maio 19, 2007

Canção


"Nunca eu tivera querido
dizer palavra tão louca:
bateu-me o vento na boca,

e depois no teu ouvido.
Levou somente a palavra,
deixou ficar o sentido.
O sentido está guardado
no rosto com que te miro,
neste perdido suspiro[...]"

Cecília Meireles







[cantar para quê, para quem?]

quinta-feira, maio 17, 2007

Consoada


Consoada (Manuel Bandeira)

Quando a Indesejada das gentes chegar
(Não sei se dura ou caroável),
Talvez eu tenha medo.
Talvez sorria, ou diga:
- Alô, iniludível!
O meu dia foi bom, pode a noite descer.
(A noite com seus sortilégios.)
Encontrará lavrado o campo, a casa limpa,
A mesa posta,
Com cada coisa em seu lugar

[para Márcio Boas,
de quem não sabe o que é ser positivista,
não pensa tanto
e vê a relatividade das coisas como um consolo]



morte, presa, teia.



domingo, maio 06, 2007

Bem Mal

A semana se foi. Ficaram várias coisas que estão deixam-me tensa. Não, não é isso que você está pensando. Definitivamente não.
Mundos de coisas. Tantas, tantas, tantas, tantas. E essas ações não-minhas, de tomar pé da situação apenas quando já estou com água no pescoço - ou um pouco acima. Ou de não temer submergir. Não temer pelos outros. Esse relativismo em que tenho me posto.
Oh, alma cruel...


Bem Mal (Lobão)

"O meu vampiro tem sede
Um artifício frívolo ou amor
De beijos, línguas e dentes
Um raro risco da dor
Amar à beira de um crime
O hospício da solidão

Alguém que é a morte que vive
Da minha louca paixão
Bem mal... o mundo vai se acabar
Bem mal... eu posso matar e morrer
Bem mal... é assim que eu quero você
Bem mal...
Perdoa a fúria do meu sonho
Meu desespero...

É você!

Parceiros de suicídio
Um vício sentimental

A vida vira na esquina
Um acidente fatal

Eu uivo pra lua cheia
E a felicidade vacila
E por mais que a lua ilumine

Continuará vazia
Bem mal ...
Perdoa a fúria do meu sonho

A violência me distrai

Pois a violência...
É você!"



Sei do que foi dito aos antigos " Cuidado com o que desejas, pois poderás ser atendido."

Escadas são perigosas. E engraçadas também.

Não abra a porta, se você não quiser que alguém entre.

A vida é doce, vodka não.

lálálá.



sábado, abril 28, 2007

Wuthering Heights



Wuthering Heights (O Morro dos Ventos Uivantes) é, sem dúvida, um dos livros que mais tive prazer em ler. Várias vezes. Tenho essa mania com o que gosto e só para quando estou assim íntima do livro.
Hoje, assisti um treinamento de qualquer coisa chata lá na Arquitetura e fui para a Poeme-se fazer hora depois do almoço. Eu ia muito lá. Adoro livrarias, "sebos" e bibliotecas. Simplesmente encantadores.
Eu procurava O Morro dos Ventos Uivantes.
Há quase 03 anos, fui a esse mesmo lugar com minha irmã. Procurando o mesmo livro. Presente para ela. Não qualquer "O Morro dos Ventos Uivantes", mas uma tradução especial, parte de uma antiga coleção de livros vermelhos com desenhos dourados na capa. E a encontramos! Foi a primeira tradução que nos li d'O Morro, há 11 anos. E para mim, a melhor delas (como disse, releio o que gosto). Era o que eu procurava dessa vez também e se há 03 anos a Poeme-se contava com várias edições do livro, o quadro agora era bem diferente. Só havia a da Martin Claret, que apesar dos meritos em tornar livros mais acessíveis, eu não recomendo muito quando já se teve os primeiros contatos com a obra e o que se quer é guardar e lembrar.
Lembrar... Havia um senhor já idoso por lá. Ele conversou muito conosco a respeito de livros que marcam por toda a vida.
E era assim.
"O Morro " parece Parnaíba e meu eu-adolescente que - dizem - mudou muito.
É cruzar a Praça da Graça rumo à Maçonaria, onde esses livros vermelhos moravam. Centro antigo. Prédios velhos, eu imaginava tudo aquilo há 50, 100 anos (imaginava também quem antes de mim lera aqueles livros).
O Morro parece com a minha irmã. Não só por que ela se parece com a Catherine Earnshaw. Não só por que o lemos na mesma época ou passavamos horas e horas discutindo sobre tudo que envolvia a história. [Eu confiava nela então]. Bons dias aqueles. Eu ainda não tinha metade de minhas mágoas. Nem as imaginava.
De como as coisas mudam para o inesperado, já nem sei.
De como eu mudei, de como todas as minhas certezas mostraram-se bem diferentes do que seria, é dificil aceitar. Tanta coisa em minha cabeça e era apenas hora do almoço!
Há 03 anos, saimos da Poeme-se levando o livro desejado.
Agora, eu deixo pedacinhos que um dia fizeram parte de mim.

24.04.07

terça-feira, abril 17, 2007



verdíssimo!

segunda-feira, abril 16, 2007

Bem hoje...

Se for para trair, que eu traia o sol
por preferir a chuva...
[Não minha palavra, meus amigos, minhas crenças.
não outro ser humano]

segunda-feira, abril 09, 2007

“meninas são tão mulheres/seus truques e confusões”

Poucas frases ditas sobre mulheres me parecem tão verdadeiras quanto essa. Musiquinha boba dos anos oitenta. Faltou só o Leoni dizer que mulheres nunca deixam de ser meninas. Acho que é isso.

Minhas confusões.

Confusões de amigas.

Confusões de amigas de amigas, a respingar pra todo lado.

Confusões de desconhecidas que respingam também.

E ainda temos a dádiva infinda de entender tudo errado.

Garotos são tem mais práticos. Aliás, costumavam ser... Sei lá, essa capacidade inigualável de acreditar no que não foi dito, esses nossos castelos de nuvens [frutos da imaginação privilegiadamente fértil que temos e que não cansam de desmoronar e soterrar nossos pobres corpos. É, nessa hora, nuvem pesa. E muito...].

Daí, percebo, para a maioria de nós [99.9%], errado é o vizinho. Putaria e sem-vergonhice é quando a outra faria aquilo que provavelmente faríamos no lugar dela. [Talvez não, se não desse tempo. Agora vem alguém nos dizer isso...] Mas não podemos generalizar, há variações... Variações? Cor da unha, cabelo, perfume e diferenças sutis na roupa. Para mim, tudo está intrinsecamente ligado ao valor que atribuímos aos pensamentos e ações de cada um. Individuais, as justificativas de quando aprontamos das nossas. Coletivo, é hora de gritar “queimem a bruxa!”

Por esses dias, uma amiga disse que não era capaz de perdoar aquilo o que ela não era capaz de fazer. Isso ficou ressoando na minha cabeça desde então. No caso desse post – e das relações interpessoais, perdão é algo forte. Trocaria por aceitar... Aceitar das outras o que faríamos.[ Afinal, quem idealizou mulheres como símbolo de doçura ou estava drogado ou tentou enganar as mais incautas...].

Acho que é isso. Apenas mais algumas colocações:

-“Traia um homem mas não traia uma mulher.” Eu costumava dizer isso. Costumava...

-“Não te faz de doida que pau te acha.” Frase-mantra-maldição constantemente pronunciada pelo Pai do Hans-Thomas, sabe-se lá por que... [sim! sim! Nunca mais tinha falado dele.Mas o cara não morreu!]

-Eu não sou feminista!

P.S.: quanto aos truques, não adianta dizer, mas quando as mulheres realmente se assumem como tais somos todas dissimuladas, feiticeiras, egoístas, prontas sempre para enredar alguém nas tramas da nossa vontade.

sábado, março 31, 2007

terça-feira, março 27, 2007

De cartas, letras e favores

Adoro caixas de correio. Estanho? Não sei - talvez porque perdi meu há muito o meu conceito do que estranho. Há uma dessas na esquina em frente à minha rua. Acho charmoso jogar despreocupadamente envelopes por aquela frestinha...
Essa manhã, eu tinha quilos de coisas para colocar ali. E nem eram cartas para amigos distantes. Infelizes correspondências bancárias, isso sim! Dessas que vão para a casa errada, onde as criaturas destinatárias nunca residiram! Pelo menos nunca nos ultimos seis anos...
Por esses tempos, culpa da internet e torpedos, ninguém mais escreve cartas.Dá saudades dos envelopes coloridos e de tentar advinhar o estado de espírito das pessoas pelas variações nas letras...Gosto de saber da letra de meus amigos. É como se soubesse de um traço da personalidade, um desses ocultos.

Sempre quis saber-lher a letra, conhecer-lhe o traço, os percalços, preâmbulos - sempre quis saber-lhe o todo, o tudo. Das brincadeiras on-line aos desmedidos sonhos, a curiosidade não me abandonou. Mesmo agora. Mesmo assim.
Tarde cinza, nuvem negra [Vai um raiozinho de sol aí?]. Poderia dizer-lhe que estava lindo? melhor não. Nem diferença
faz. faz?
Tinta preta. Belos traços. Firmes. Letra resoluta, inclinando-se pra vida no papel.

lá lá lá lá

E nem vi se nossas mão se tocaram...

quinta-feira, março 15, 2007




Depois de todas as sandices dessa semana, me internem!Nao precisa comprovar mais nada e eu é cansada daqui de fora!

quarta-feira, fevereiro 28, 2007

"Sobre um passo de luz outro passo de sombra.
Era belo não vir; ter chegado era belo.
E ainda é belo sentir a formação da ausência.

Nada foi projetado e tudo acontecido.
Movo-me em solidão, presente sendo e alheia,
com portas por abrir e a memória acordada.

A acordada memória! esta planta crescente
com mil imagens pela selva resvalantes,
na noite vegetal que é a mesma noite humana.

Vejo-me longe e perto, em meus nítidos moldes,
em tantas viagens, tantos rumos pioneira,
a construir o instante em que direi teu nome!

Que labirintos bebem meu rosto?"- Cecília Meireles


Pelo menos fevereiro está acabado...pelo meno isso... Vejo agora a Hermione, esparamada ao meus pés, em transe pelo barulho que faço ao estalar meus dedos. Linguinha de fora... Bocejo. Espirro.
(que tem de mais 'preguicento' que o bocejo de um gato?)
Desânimo. Sórdido desânimo... Quebra-cabeça que nem penso em montar...Acordarei no susto, temendo a hora perdida?
A chuva, mal-criada, decerto não me deixará sair de casa. Eu teimarei. Por nós.


dia desses, eu não sei não...

sexta-feira, fevereiro 23, 2007

"Quando as pessoas mantêm o foco no que elas querem,
o que elas não querem perde a força.
O que você quer, se expande e o que você não quer, desaparece."
(Jack Canfield)

e quando só sabemos o que não queremos?

sexta-feira, fevereiro 16, 2007

Maranhão...

Não falta mais nada. Diabos de Desciclopédia!

“Gostou? Fui eu quem fiz.”

~ José Sarney sobre Maranhão

“E a Kaiser Novo Sabor foi você quem fez.”

~ Kaiser Novo Sabor sobre José Sarney

“Não!!”

~ Povo maranhense sobre José Sarney

“Maranhão é coolzão.”

~ Indie sobre Maranhão

“... ele é um negão de tirar o chapéu...”

~ Alcione sobre Maranhão

O Maranhão, também conhecido como Sarneylândia, foi retratado em um livro especial que mostra a passada de mão que ele o "Dono do Maranhão" deu na populção.

Até o séc. XIX, era a "Atenas Brasileira" (devido ao grande número de poetas, escritores e etc...). Hoje é "Apenas Brasileira", por causa do Reggae e do Brega que profanaram o estado.

Um estado as vezes estranho, e as outras vezes também. É movido por um guaraná cor de rosa chamado Jesus.

O Maranhão já é considerado um dos estados com mais indie. Alguns dizem que o povo maranhense são os que mais falam o português certo.

Quando você for ao Maranhão e lhe oferecerem Jesus para beber, aceite, mas você não é obrigado a comer biscoito Maria (ahahaha muito foda essa!).

A Capital do Maranhão é Sarneylândia.

Barreirinhas (leia-se uma cidade fantasma com muita areia) foi palco para uma novela da Glóbulo. Em que seus atores andavam calmamente pelas ruas, como se fosse tudo lindo. Devia ser... Sarney deve ter mandado segurança pra eles.

o orgulho do estado foi o titulo dado a cidade de Codó de Capital Brasileira da Macumba, Térecô e afins

Vive em pé de Guerra com a Calypsolândia, para saber quem dança o melhor forró. E desde 1900 está em guerra declarada com a Jamaica, que tentou colonizar a cidade de São Luís, hoje conhecida como a Jamaica Brasileira.

A Terceira (a primeira é Imperatriz), e ultima cidade do Maranhão, a ilha de São Luís, é considerada a ilha de Lost pois lá pode começar a chover e parar de chover a qualquer momento; há inúmeras pessoas desconhecidas te observando e cochichando sobre a tua vida – principalmente na praia (Grande); há escotilhas que conduzem a subterrâneos misteriosos (Fonte do Ribeirão e galerias da Beira-Mar); há indícios de que houveram experimentos científicos e expedições militares fracassados (como França Equinocial, ocupação holandesa, o foguete que caiu sem nem sair da atmosfera); há inúmeros casos de naufrágios misteriosos (Batevento que afundou indo pra Alcântara); há um monstrão que persegue todo mundo, o "Sarneyzilla"! Todo mundo vive suado e com a cara cheia de óleo; todo mundo lá quer voltar para a civilização - quer dizer, pelo menos as estrelas do seriado, nada sei dos "figurantes" e dos "outros"!

quarta-feira, fevereiro 14, 2007

chuva, vento e fantasia...


O guarda-chuva voou para longe. Ela correu para abrigar-se. Por que essa chuva agora, quando só existia o velho celeiro como refúgio? O frio fazia-lhe tiritar, o vento assobiava forte, impassível, açoitava-lhe as pernas, fustigava-lhe as forças. Não tardaria a anoitecer e a tempestade a obrigaria a passar a noite ali.
O aspecto do celeiro não podia ser pior. Mesmo por suas histórias de fantasmas e ainda cercado de capim alto, cheirando a madeira podre (e coberta de orelhas-de-pau), muita sujeira e abandono... Algumas trepadeiras aqui e ali subiam pelas paredes de pedra e seguravam as janelas e portas, em outros pontos formavam uma sebe de flores lilases interligando bancos e tornos onde um dia foi um pátio. Entremeios, a ferrugem corroia arados expostos às eras...
Ela empurrou com força a um dos lados da enorme porta, a mais perto do riacho e do moinho do celeiro, a mais encoberta pelo mato alto. Sentiu a madeira estalar e tremer. As velhas paredes de pedra resistiriam a tempestade, quanto à madeira, não havia certezas. Diziam ter sido muito bonito ali. E movimentado também. Afinal todos precisavam da moenda e não havia outro lugar em mais de 10 léguas em qualquer direção. Há mais de seis décadas isso. Poucos os que lembravam. Isso antes dos homens das fabricas surgirem e comprarem todos os grãos.
O ar era fétido, pesado. Mas a lufada de vento que entrou com ela – e com a tempestade- trouxe dos campos o frescor das ervas contentes pela chuva e o cheiro de terra molhada. As paredes pareceram suspirar ante o inusitado presente. Parada, as mãos estendidas a um lado da porta, a menina pensava se valia entrar. Seus olhos divisavam na escuridão sombras de carroças, restos de barris velhos e algo que um dia poderia ter sido feno (um velho e seu cavalo viveram ali até o verão passado, quando a família do ancião surgido do nada apareceu na vila em busca de seu patriarca que desaparecera...).
Celeiro, celeiro... Nome estranho. Conhecia da escola sua origem latina, mas o nome lembrava-lhe vagamente algo nórdico. Homens e mulheres armazenando comida para fugir das mãos gélidas do inverno (que ela sempre imaginou como uma mulher, pois só as mulheres são capazes de tantas fúrias e impiedades verdadeiras). E agora, ele abria-lhe as portas, acolhendo-a, abraçando-a. Era só uma noite. Não iria temer.

domingo, fevereiro 11, 2007

Sim, e dai? (parte 2)

“ela: acho q é teu espírito de gorda nerd estudante de pós q não quer sair de casa... ele q tá aumentando esse teu percentual
Eu: =P
Ela: é sim! tu tá cada dia mais velha e chata,fazendo programas de nerd,ficando trancafiada em casa.e não conhecendo pessoas novas
Eu:
Ela: e se conhece, são pessoas mais nerds e mais trancafiadas q tu ou seja, não fazem a menor diferença pra tua vida social ”

(...)

Ela: Tabelinha??hehehehe ó lá, q q tu andou fazendo?
Eu: tabelinha não.Tabelas pro Epinfo.
Ela: foi algum dos nerds sem vida social q vivem enclausurados hein? Hein?
Eu: estou tabulando dados pro Epinfo.
Ela: meu Deus! Foi no aniversário de (nome omitido)!!!
Eu: E ele me chamou pra ir lá. E eu não fui
Ela:hehehehe
Eu: e ele já foi embora. Ele tava muito saidinho pro meu lado. Dai não fui.
Ela: hehehe
Eu: ele disse q ia ser algo pra família
Ela: ele tá sempre saidinho pro teu lado menina
Eu: mas ele queria q eu fosse. Disse algo assim. Dai eu não ia. Ele ia chamar poucos amigos e eu ia sem conhecer ninguém... ai ai
Ela: olhai c devia ter ido, sua velha!Podia ter conhecido algum nerd menos feio “

06 de fevereiro de 2006




Sim, que raios é “vida social”? E como é que meus amigos não fazem a menor diferença para minha vida social? São meus amigos, porra!
Eu não gosto de boate e afins. Todo mundo sabe disso. Locais onde pessoas ficam se acotovelando, todo mundo encostando-se em todo mundo.
Ficar em casa é bom. Eu gosto, até por que adoro ler. E eu tô fazendo doutorado. Tenho que estudar, isso é óbvio. E sem querer parecer metida, tenho que estudar muito mais que todos os meus amigos. Há mais cobranças, o nível é diferente. Não dá pra ficar saindo por aí todas as noites, todo fim de semana. E não vou morrer por isso não.
E ainda preciso dormir mais. Há muito para ler e eu não posso atrasar-me, quer nas disciplinas, quer nos experimentos.
Eu não sou nerd, não tenho nada contra, não faz a menor diferença se alguém é ou não é nerd. Opção sua, querido (e vale a mesma coisa pra emo, poser, paty, metaleiro, roqueiro ou sei lá o que). Pode até ir dançar pelado no meio da rua grande com uma melancia no pescoço. Não me faz diferença.
E por que eu tenho que ficar amargurada com a vida se eu ficar sozinha? Pessoas mal-resolvidas pensam assim e isso eu não sou. Não fui criada para casar, meus pais nunca disseram “ah, “quando a Andressa casar” ou ” o casamento dela vai ser assim”, “o marido dela vai ser assado”. Nada disso, nunca houve incentivo algum.Isso nunca existiu para Annie ou para mim e sim a idéias que caras vêm e vão... Definitivamente meus pais ensinaram-me independência emocional também!


domingo, fevereiro 04, 2007

Yellow




Look at the stars,
Look how they shine for you,
And all the things you do,
Yeah, they were all yellow.

I came along,
I wrote a song for you,
And everything you do,
And it was called Yellow.

So then I took my turn,
Oh what a thing to've done,
And it was all Yellow.

Your skin
Oh yeah, your skin and bones,
Turn into something beautiful,
Do you know?
You know I love you so,
You know I love you so.

I swam across,
I jumped across for you,
Oh what a thing to do.
'Cos you were all yellow,

I drew a line,
I drew a line for you,
Oh what a thing to do,
And it was all yellow.

Your skin,
Oh yeah your skin and bones,
Turn into something beautiful,
Do you know?
For you I'd bleed myself dry,
For you I'd bleed myself dry.

It's true, look how they shine for you,
Look how they shine for you,
Look how they shine for...
Look how they shine for you,
Look how they shine for you,
Look how they shine...

Look at the stars,
Look how they shine for you,
And all the things that you do.

Espreguiçando Palavras


Quase pensei que não choveria esse ano. Só raros chuviscos, incapazes de grandes coisas. Mas essa ultima semana foi esperançosa.
Mesmo acordando antes das seis, como todos os dias, não levantar era algo definitivamente agradável. Os pingos de chuva batendo na calçada, a temperatura mudando do calor infernal para algo agradável sem necessitar de cobertores...
Vontade de me espreguiçar na cama. Espreguiçar tudo, tudo... Até pensamentos nessas primeiras horas, para pensar melhor o resto do dia - quem sabe toda a semana- então prometi não levantar antes das nove ou quando cessasse a chuva - o que chegar primeiro. Horas só minhas, já que nem sempre há tempo útil para introspecção, para auto-entendimento.(dias de chuva costumam deixar-me sem gosto para comida, os olhos cheios da trajetória da gota d'água na folha do capim... Rápido, devagar, absorvidos ou não pela superfície a que foram destinados. Seguem a física, esses tais pingos. Me vejo nas poças formadas no asfalto disfome. Os pingos de chuva não tem lei).
Mesmo cinza, o dia emanava luz.
Chuva é um fenômeno meteorológico que consiste na precipitação de água sobre a superfície da Terra. A chuva forma-se nas nuvens. Nem todas as chuvas atingem o solo, entretanto, algumas evaporam-se enquanto estão ainda a cair, num fenômeno que recebe o nome de virga e acontece principalmente em períodos/locais de ar seco.
será mesmo só isso?



Essa chuva deu vontade de ouvir Coldplay...

segunda-feira, janeiro 29, 2007

Gatinho brincando com minha mochila, num dia qualquer [como hoje], nesses novos pedaços de São Luis que conheço agora.

domingo, janeiro 21, 2007

Estranhos esses dias.
Papai foi definitavamente pra casa e agora estou só (aliás, com a Hermione, irmã do Ares).
Eu teria chorado no dia em que ele jogou caixas e caixas de livros no carro e viajou.Teria mesmo, se antes não me perguntasse o porquê desse choro.
Era a manhã de sábado.Os dias anteriores foram recheados com brigas intermináveis que naquela manhã vi serem frutos da insegurança dele-não só minha- de admitir que cresci e as coisas são assim mesmo. Um dia, os filhos não querem mas ter seus mesmos hábitos e nem crer nas mesmas coisas. E que solidão e dormir em casa sozinha podem ser coisas que me esperam pela vida a fora e de que adianta fugir disso agora?
Precisei piscar bem forte para não chorar. Foi meio que um marco... Ou um nada, mês que vem ele estará aqui de novo.
Ainda não posso pintar as paredes de lilás, jogar montes de coisas fora, desenhar nas paredes ou encher tudo de prateleiras - fui terminantemente proibida-mas posso pensar mais em meus próprios limites, pois chegar não depende apenas da destinação, propósito ou vontade.

sábado, janeiro 13, 2007

O Yukito


"Vim olhar como vc está se saindo com as amostras..." Ele sorria e seu rosto parecia amigável. Parecia, pq de verdade ele estava ali era para fiscalizar-me. Ele faz isso o tempo inteiro.
De nada adianta ele ser bonito (com características desejáveis: bem alto, branquinho com cabelo escuro - e alguns charmosos fios grisalhos-, barba por fazer...) e ainda ter as mãos agradáveis de se ver:confesso que gosto de olhá-las, principalmente quando ele dirige ou faz algum trabalho que exige certa "precisão", elas dão uma impressão de... hum... segurança). Nada adianta nada. Empatia alguma. Sempre tem uma maneira melhor de fazer as coisas, uma dica pra dar...Já inclusive notei que não é só comigo. Pode ser só uma doutorite que vai passar ou uma assepsia natural-daí aguente. Mas não quero aguentar!
É só olhá-lo e já azeda meu dia- daí vocês imaginam o tanto de dias nada palatáveis que terei daqui pro fim da minha tese, já que ele figura como uma espécie de co-orientador do meu trabalho. Competente deve ser, mas custa alguma coisa parar com essa mania de Ph.D-que-sabe-tudo?
O próximo passo será ter pesadelos com ele.
(E ainda penso na epidemiologia do trabalho, que não concordo e as explicações não me convenceram ainda. Vou até esquecer pq não vou precisar tanto disso assim.)

Até agora, janeiro está estressante até onde não pode mais. E ao Yukito devo parte disso.

segunda-feira, janeiro 08, 2007




"Segue o teu destino,
Rega as tuas plantas,
Ama as tuas rosas.
O resto é a sombra
De árvores alheias.

A realidade
Sempre é mais ou menos
Do que nós queremos.
Só nós somos sempre
Iguais a nós-próprios.

Suave é viver só.
Grande e nobre é sempre
Viver simplesmente.
Deixa a dor nas aras
Como ex-voto aos deuses.

Vê de longe a vida.
Nunca a interrogues.
Ela nada pode
Dizer-te. A resposta
Está além dos deuses.

Mas serenamente
Imita o Olimpo
No teu coração.
Os deuses são deuses
Porque não se pensam."

Ricardo Reis




aos dias, que agora são maus...

Declarações...tantas delas...



Artigo XII
Decreta-se que nada será obrigado
nem proibido,
tudo será permitido,
inclusive brincar com os rinocerontes
e caminhar pelas tardes
com uma imensa begônia na lapela.

Parágrafo único: Só uma coisa fica proibida:
amar sem amor
(Thiago de Mello)

Recebi hj pelo correio, mimos de um amigo distante, mas... isso não foi escrito pra Suka?

quinta-feira, janeiro 04, 2007


O dia de hoje foi pior que o de ontem.
Ontem pelo menos não catei pulga em cães para depois jogá-las no álcool 70% .Ontem tomei sorvete e não estava o dia inteiro com gosto de remédio na boca.
E ainda dormi mal pra caramba.Meu recorde de sonhos estranhos nos ultimos 06 meses.

aiiiiii

quarta-feira, janeiro 03, 2007

La valse

Poderia colocar "Canção para uma valsa lenta aqui", mas não significaria nada.
Poderia falar sobre minha admiração por Camille Claudel - tanto ou mais que por Rodin.É, realmente poderia, mas não vou. O caso é que agora a noite, na hora do banho, me vi estranhamente pensado nela.
...
Ah, estou cansada. Dia duro no laboratório. Amanhã tem coleta e eu só queria chuva e cama. Preciso descobrir uma forma de dormir menos...