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em inconstante definição.

quarta-feira, fevereiro 28, 2007

"Sobre um passo de luz outro passo de sombra.
Era belo não vir; ter chegado era belo.
E ainda é belo sentir a formação da ausência.

Nada foi projetado e tudo acontecido.
Movo-me em solidão, presente sendo e alheia,
com portas por abrir e a memória acordada.

A acordada memória! esta planta crescente
com mil imagens pela selva resvalantes,
na noite vegetal que é a mesma noite humana.

Vejo-me longe e perto, em meus nítidos moldes,
em tantas viagens, tantos rumos pioneira,
a construir o instante em que direi teu nome!

Que labirintos bebem meu rosto?"- Cecília Meireles


Pelo menos fevereiro está acabado...pelo meno isso... Vejo agora a Hermione, esparamada ao meus pés, em transe pelo barulho que faço ao estalar meus dedos. Linguinha de fora... Bocejo. Espirro.
(que tem de mais 'preguicento' que o bocejo de um gato?)
Desânimo. Sórdido desânimo... Quebra-cabeça que nem penso em montar...Acordarei no susto, temendo a hora perdida?
A chuva, mal-criada, decerto não me deixará sair de casa. Eu teimarei. Por nós.


dia desses, eu não sei não...

sexta-feira, fevereiro 23, 2007

"Quando as pessoas mantêm o foco no que elas querem,
o que elas não querem perde a força.
O que você quer, se expande e o que você não quer, desaparece."
(Jack Canfield)

e quando só sabemos o que não queremos?

sexta-feira, fevereiro 16, 2007

Maranhão...

Não falta mais nada. Diabos de Desciclopédia!

“Gostou? Fui eu quem fiz.”

~ José Sarney sobre Maranhão

“E a Kaiser Novo Sabor foi você quem fez.”

~ Kaiser Novo Sabor sobre José Sarney

“Não!!”

~ Povo maranhense sobre José Sarney

“Maranhão é coolzão.”

~ Indie sobre Maranhão

“... ele é um negão de tirar o chapéu...”

~ Alcione sobre Maranhão

O Maranhão, também conhecido como Sarneylândia, foi retratado em um livro especial que mostra a passada de mão que ele o "Dono do Maranhão" deu na populção.

Até o séc. XIX, era a "Atenas Brasileira" (devido ao grande número de poetas, escritores e etc...). Hoje é "Apenas Brasileira", por causa do Reggae e do Brega que profanaram o estado.

Um estado as vezes estranho, e as outras vezes também. É movido por um guaraná cor de rosa chamado Jesus.

O Maranhão já é considerado um dos estados com mais indie. Alguns dizem que o povo maranhense são os que mais falam o português certo.

Quando você for ao Maranhão e lhe oferecerem Jesus para beber, aceite, mas você não é obrigado a comer biscoito Maria (ahahaha muito foda essa!).

A Capital do Maranhão é Sarneylândia.

Barreirinhas (leia-se uma cidade fantasma com muita areia) foi palco para uma novela da Glóbulo. Em que seus atores andavam calmamente pelas ruas, como se fosse tudo lindo. Devia ser... Sarney deve ter mandado segurança pra eles.

o orgulho do estado foi o titulo dado a cidade de Codó de Capital Brasileira da Macumba, Térecô e afins

Vive em pé de Guerra com a Calypsolândia, para saber quem dança o melhor forró. E desde 1900 está em guerra declarada com a Jamaica, que tentou colonizar a cidade de São Luís, hoje conhecida como a Jamaica Brasileira.

A Terceira (a primeira é Imperatriz), e ultima cidade do Maranhão, a ilha de São Luís, é considerada a ilha de Lost pois lá pode começar a chover e parar de chover a qualquer momento; há inúmeras pessoas desconhecidas te observando e cochichando sobre a tua vida – principalmente na praia (Grande); há escotilhas que conduzem a subterrâneos misteriosos (Fonte do Ribeirão e galerias da Beira-Mar); há indícios de que houveram experimentos científicos e expedições militares fracassados (como França Equinocial, ocupação holandesa, o foguete que caiu sem nem sair da atmosfera); há inúmeros casos de naufrágios misteriosos (Batevento que afundou indo pra Alcântara); há um monstrão que persegue todo mundo, o "Sarneyzilla"! Todo mundo vive suado e com a cara cheia de óleo; todo mundo lá quer voltar para a civilização - quer dizer, pelo menos as estrelas do seriado, nada sei dos "figurantes" e dos "outros"!

quarta-feira, fevereiro 14, 2007

chuva, vento e fantasia...


O guarda-chuva voou para longe. Ela correu para abrigar-se. Por que essa chuva agora, quando só existia o velho celeiro como refúgio? O frio fazia-lhe tiritar, o vento assobiava forte, impassível, açoitava-lhe as pernas, fustigava-lhe as forças. Não tardaria a anoitecer e a tempestade a obrigaria a passar a noite ali.
O aspecto do celeiro não podia ser pior. Mesmo por suas histórias de fantasmas e ainda cercado de capim alto, cheirando a madeira podre (e coberta de orelhas-de-pau), muita sujeira e abandono... Algumas trepadeiras aqui e ali subiam pelas paredes de pedra e seguravam as janelas e portas, em outros pontos formavam uma sebe de flores lilases interligando bancos e tornos onde um dia foi um pátio. Entremeios, a ferrugem corroia arados expostos às eras...
Ela empurrou com força a um dos lados da enorme porta, a mais perto do riacho e do moinho do celeiro, a mais encoberta pelo mato alto. Sentiu a madeira estalar e tremer. As velhas paredes de pedra resistiriam a tempestade, quanto à madeira, não havia certezas. Diziam ter sido muito bonito ali. E movimentado também. Afinal todos precisavam da moenda e não havia outro lugar em mais de 10 léguas em qualquer direção. Há mais de seis décadas isso. Poucos os que lembravam. Isso antes dos homens das fabricas surgirem e comprarem todos os grãos.
O ar era fétido, pesado. Mas a lufada de vento que entrou com ela – e com a tempestade- trouxe dos campos o frescor das ervas contentes pela chuva e o cheiro de terra molhada. As paredes pareceram suspirar ante o inusitado presente. Parada, as mãos estendidas a um lado da porta, a menina pensava se valia entrar. Seus olhos divisavam na escuridão sombras de carroças, restos de barris velhos e algo que um dia poderia ter sido feno (um velho e seu cavalo viveram ali até o verão passado, quando a família do ancião surgido do nada apareceu na vila em busca de seu patriarca que desaparecera...).
Celeiro, celeiro... Nome estranho. Conhecia da escola sua origem latina, mas o nome lembrava-lhe vagamente algo nórdico. Homens e mulheres armazenando comida para fugir das mãos gélidas do inverno (que ela sempre imaginou como uma mulher, pois só as mulheres são capazes de tantas fúrias e impiedades verdadeiras). E agora, ele abria-lhe as portas, acolhendo-a, abraçando-a. Era só uma noite. Não iria temer.

domingo, fevereiro 11, 2007

Sim, e dai? (parte 2)

“ela: acho q é teu espírito de gorda nerd estudante de pós q não quer sair de casa... ele q tá aumentando esse teu percentual
Eu: =P
Ela: é sim! tu tá cada dia mais velha e chata,fazendo programas de nerd,ficando trancafiada em casa.e não conhecendo pessoas novas
Eu:
Ela: e se conhece, são pessoas mais nerds e mais trancafiadas q tu ou seja, não fazem a menor diferença pra tua vida social ”

(...)

Ela: Tabelinha??hehehehe ó lá, q q tu andou fazendo?
Eu: tabelinha não.Tabelas pro Epinfo.
Ela: foi algum dos nerds sem vida social q vivem enclausurados hein? Hein?
Eu: estou tabulando dados pro Epinfo.
Ela: meu Deus! Foi no aniversário de (nome omitido)!!!
Eu: E ele me chamou pra ir lá. E eu não fui
Ela:hehehehe
Eu: e ele já foi embora. Ele tava muito saidinho pro meu lado. Dai não fui.
Ela: hehehe
Eu: ele disse q ia ser algo pra família
Ela: ele tá sempre saidinho pro teu lado menina
Eu: mas ele queria q eu fosse. Disse algo assim. Dai eu não ia. Ele ia chamar poucos amigos e eu ia sem conhecer ninguém... ai ai
Ela: olhai c devia ter ido, sua velha!Podia ter conhecido algum nerd menos feio “

06 de fevereiro de 2006




Sim, que raios é “vida social”? E como é que meus amigos não fazem a menor diferença para minha vida social? São meus amigos, porra!
Eu não gosto de boate e afins. Todo mundo sabe disso. Locais onde pessoas ficam se acotovelando, todo mundo encostando-se em todo mundo.
Ficar em casa é bom. Eu gosto, até por que adoro ler. E eu tô fazendo doutorado. Tenho que estudar, isso é óbvio. E sem querer parecer metida, tenho que estudar muito mais que todos os meus amigos. Há mais cobranças, o nível é diferente. Não dá pra ficar saindo por aí todas as noites, todo fim de semana. E não vou morrer por isso não.
E ainda preciso dormir mais. Há muito para ler e eu não posso atrasar-me, quer nas disciplinas, quer nos experimentos.
Eu não sou nerd, não tenho nada contra, não faz a menor diferença se alguém é ou não é nerd. Opção sua, querido (e vale a mesma coisa pra emo, poser, paty, metaleiro, roqueiro ou sei lá o que). Pode até ir dançar pelado no meio da rua grande com uma melancia no pescoço. Não me faz diferença.
E por que eu tenho que ficar amargurada com a vida se eu ficar sozinha? Pessoas mal-resolvidas pensam assim e isso eu não sou. Não fui criada para casar, meus pais nunca disseram “ah, “quando a Andressa casar” ou ” o casamento dela vai ser assim”, “o marido dela vai ser assado”. Nada disso, nunca houve incentivo algum.Isso nunca existiu para Annie ou para mim e sim a idéias que caras vêm e vão... Definitivamente meus pais ensinaram-me independência emocional também!


domingo, fevereiro 04, 2007

Yellow




Look at the stars,
Look how they shine for you,
And all the things you do,
Yeah, they were all yellow.

I came along,
I wrote a song for you,
And everything you do,
And it was called Yellow.

So then I took my turn,
Oh what a thing to've done,
And it was all Yellow.

Your skin
Oh yeah, your skin and bones,
Turn into something beautiful,
Do you know?
You know I love you so,
You know I love you so.

I swam across,
I jumped across for you,
Oh what a thing to do.
'Cos you were all yellow,

I drew a line,
I drew a line for you,
Oh what a thing to do,
And it was all yellow.

Your skin,
Oh yeah your skin and bones,
Turn into something beautiful,
Do you know?
For you I'd bleed myself dry,
For you I'd bleed myself dry.

It's true, look how they shine for you,
Look how they shine for you,
Look how they shine for...
Look how they shine for you,
Look how they shine for you,
Look how they shine...

Look at the stars,
Look how they shine for you,
And all the things that you do.

Espreguiçando Palavras


Quase pensei que não choveria esse ano. Só raros chuviscos, incapazes de grandes coisas. Mas essa ultima semana foi esperançosa.
Mesmo acordando antes das seis, como todos os dias, não levantar era algo definitivamente agradável. Os pingos de chuva batendo na calçada, a temperatura mudando do calor infernal para algo agradável sem necessitar de cobertores...
Vontade de me espreguiçar na cama. Espreguiçar tudo, tudo... Até pensamentos nessas primeiras horas, para pensar melhor o resto do dia - quem sabe toda a semana- então prometi não levantar antes das nove ou quando cessasse a chuva - o que chegar primeiro. Horas só minhas, já que nem sempre há tempo útil para introspecção, para auto-entendimento.(dias de chuva costumam deixar-me sem gosto para comida, os olhos cheios da trajetória da gota d'água na folha do capim... Rápido, devagar, absorvidos ou não pela superfície a que foram destinados. Seguem a física, esses tais pingos. Me vejo nas poças formadas no asfalto disfome. Os pingos de chuva não tem lei).
Mesmo cinza, o dia emanava luz.
Chuva é um fenômeno meteorológico que consiste na precipitação de água sobre a superfície da Terra. A chuva forma-se nas nuvens. Nem todas as chuvas atingem o solo, entretanto, algumas evaporam-se enquanto estão ainda a cair, num fenômeno que recebe o nome de virga e acontece principalmente em períodos/locais de ar seco.
será mesmo só isso?



Essa chuva deu vontade de ouvir Coldplay...