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em inconstante definição.

sábado, abril 28, 2007

Wuthering Heights



Wuthering Heights (O Morro dos Ventos Uivantes) é, sem dúvida, um dos livros que mais tive prazer em ler. Várias vezes. Tenho essa mania com o que gosto e só para quando estou assim íntima do livro.
Hoje, assisti um treinamento de qualquer coisa chata lá na Arquitetura e fui para a Poeme-se fazer hora depois do almoço. Eu ia muito lá. Adoro livrarias, "sebos" e bibliotecas. Simplesmente encantadores.
Eu procurava O Morro dos Ventos Uivantes.
Há quase 03 anos, fui a esse mesmo lugar com minha irmã. Procurando o mesmo livro. Presente para ela. Não qualquer "O Morro dos Ventos Uivantes", mas uma tradução especial, parte de uma antiga coleção de livros vermelhos com desenhos dourados na capa. E a encontramos! Foi a primeira tradução que nos li d'O Morro, há 11 anos. E para mim, a melhor delas (como disse, releio o que gosto). Era o que eu procurava dessa vez também e se há 03 anos a Poeme-se contava com várias edições do livro, o quadro agora era bem diferente. Só havia a da Martin Claret, que apesar dos meritos em tornar livros mais acessíveis, eu não recomendo muito quando já se teve os primeiros contatos com a obra e o que se quer é guardar e lembrar.
Lembrar... Havia um senhor já idoso por lá. Ele conversou muito conosco a respeito de livros que marcam por toda a vida.
E era assim.
"O Morro " parece Parnaíba e meu eu-adolescente que - dizem - mudou muito.
É cruzar a Praça da Graça rumo à Maçonaria, onde esses livros vermelhos moravam. Centro antigo. Prédios velhos, eu imaginava tudo aquilo há 50, 100 anos (imaginava também quem antes de mim lera aqueles livros).
O Morro parece com a minha irmã. Não só por que ela se parece com a Catherine Earnshaw. Não só por que o lemos na mesma época ou passavamos horas e horas discutindo sobre tudo que envolvia a história. [Eu confiava nela então]. Bons dias aqueles. Eu ainda não tinha metade de minhas mágoas. Nem as imaginava.
De como as coisas mudam para o inesperado, já nem sei.
De como eu mudei, de como todas as minhas certezas mostraram-se bem diferentes do que seria, é dificil aceitar. Tanta coisa em minha cabeça e era apenas hora do almoço!
Há 03 anos, saimos da Poeme-se levando o livro desejado.
Agora, eu deixo pedacinhos que um dia fizeram parte de mim.

24.04.07

terça-feira, abril 17, 2007



verdíssimo!

segunda-feira, abril 16, 2007

Bem hoje...

Se for para trair, que eu traia o sol
por preferir a chuva...
[Não minha palavra, meus amigos, minhas crenças.
não outro ser humano]

segunda-feira, abril 09, 2007

“meninas são tão mulheres/seus truques e confusões”

Poucas frases ditas sobre mulheres me parecem tão verdadeiras quanto essa. Musiquinha boba dos anos oitenta. Faltou só o Leoni dizer que mulheres nunca deixam de ser meninas. Acho que é isso.

Minhas confusões.

Confusões de amigas.

Confusões de amigas de amigas, a respingar pra todo lado.

Confusões de desconhecidas que respingam também.

E ainda temos a dádiva infinda de entender tudo errado.

Garotos são tem mais práticos. Aliás, costumavam ser... Sei lá, essa capacidade inigualável de acreditar no que não foi dito, esses nossos castelos de nuvens [frutos da imaginação privilegiadamente fértil que temos e que não cansam de desmoronar e soterrar nossos pobres corpos. É, nessa hora, nuvem pesa. E muito...].

Daí, percebo, para a maioria de nós [99.9%], errado é o vizinho. Putaria e sem-vergonhice é quando a outra faria aquilo que provavelmente faríamos no lugar dela. [Talvez não, se não desse tempo. Agora vem alguém nos dizer isso...] Mas não podemos generalizar, há variações... Variações? Cor da unha, cabelo, perfume e diferenças sutis na roupa. Para mim, tudo está intrinsecamente ligado ao valor que atribuímos aos pensamentos e ações de cada um. Individuais, as justificativas de quando aprontamos das nossas. Coletivo, é hora de gritar “queimem a bruxa!”

Por esses dias, uma amiga disse que não era capaz de perdoar aquilo o que ela não era capaz de fazer. Isso ficou ressoando na minha cabeça desde então. No caso desse post – e das relações interpessoais, perdão é algo forte. Trocaria por aceitar... Aceitar das outras o que faríamos.[ Afinal, quem idealizou mulheres como símbolo de doçura ou estava drogado ou tentou enganar as mais incautas...].

Acho que é isso. Apenas mais algumas colocações:

-“Traia um homem mas não traia uma mulher.” Eu costumava dizer isso. Costumava...

-“Não te faz de doida que pau te acha.” Frase-mantra-maldição constantemente pronunciada pelo Pai do Hans-Thomas, sabe-se lá por que... [sim! sim! Nunca mais tinha falado dele.Mas o cara não morreu!]

-Eu não sou feminista!

P.S.: quanto aos truques, não adianta dizer, mas quando as mulheres realmente se assumem como tais somos todas dissimuladas, feiticeiras, egoístas, prontas sempre para enredar alguém nas tramas da nossa vontade.